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A saúde que temos de começar a criar

Uma das coisas que mais me assusta assistir diariamente no consultório é às crenças que as pessoas foram edificando nas suas cabeças acerca da sua saúde. Esta simples crença acaba por comandar as suas vidas e obviamente a sua saúde.

Perante uma adversidade, as pessoas experienciam muitas vezes sentimentos de incapacidade e condenação. Sentem-se desempoderadas. Tornam-se plateia de um espetáculo para o qual, muitas das vezes, não compraram bilhete.

Mas não tem de ser assim !

O corpo humano está desenhado para se curar, para se regenerar, para viver. É a percepção que temos da nossa saúde e das ameaças à mesma, que faz tremer todo este equilíbrio.

Como é que é possível acreditarmos mais que um cancro nos pode matar, do que na possibilidade que temos de cura do mesmo? (seja ela qual for, mais física ou mais esotérica, mais química, ou mais natural…).

Acreditar cegamente que uma doença nos pode matar, consigo entender que tem as suas raízes naquilo a que vamos assistindo e constatando ao nosso redor. Muitas vezes não testemunhando mas absorvendo as crenças e matrizes de pensamento das pessoas ao nosso redor. Mas não podemos transformar isso numa verdade absoluta e muito menos numa sentença. Temos de aceitar que muitas vezes estamos apenas a lidar com pensamentos estatísticos, baseados em realidades anteriores, e portanto enraízados em experiências passadas. Ora o passado não faz o futuro !

A nossa mente racional tem tendência a raciocinar com o que conhece, em lidar com os conceitos nos seus polos; com o preto ou o branco. Conhece pouco os tons intermédios, as tonalidades que o pensamento mais aberto e mais infinito nos traz.

Se estivermos sempre no mesmo nível de pensamento, não damos abertura para que nada de novo entre, para que uma nova perspectiva possa iluminar esta velha questão. [Reparem que não foi com base no passado, no conhecido, que foram concebidas as diversas invenções da humanidade e não é também com ele que vamos adquirir um verdadeiro estado de saúde].

Julgo que neste tema da saúde é necessário que abandonemos um pouco este nosso enquadramento mais fechado e nos abramos às infinitas possibilidades que estão sempre disponíveis, embora muitas vezes não as sejamos capazes de ver. É por aqui que acreditamos em nós, e que podemos dentro de nós construir a realidade em que realmente queremos viver.

Não pretendo com isto aligeirar nenhuma da gravidade que uma série de patologias acarretam, mas apenas convidar a uma maior abertura por parte da nossa mente para que possamos nela semear a possibilidade de um novo caminho, a possibilidade de um novo desfecho. O de acreditar de que o corpo humano conhece a cura e que, reunidas as condições, ele se consegue efectivamente elevar a um estado diferente de saúde. Julgo que é esta a perspectiva a partir da qual conseguimos até uma maior admiração e uma maior consideração por nós. Porque é a partir daqui que temos uma atitude de confiança para com nós próprios e com a nossa capacidade de criação. Não estamos aqui apenas para criar arte e factos, mas também para elevar esta nossa capacidade criadora ao nível de uma cura universal.

A começar está claro por nós.

Tu mereces !

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